Musica: Uma mulher

Hoje é Dia Internacional da Mulher. A data será marcada pelo lançamento, em Moçambique e em todo o mundo, da canção “Uma Mulher” escrita para homenagear as mulheres, as suas lutas e conquistas. Esta música, criada pela primeira vez para as Nações Unidas, celebra actos de coragem e determinação da mulher que, diariamente, contribui para o desenvolvimento e para a paz no seu país e comunidade.

Contudo, chama atenção para a necessidade de mudança em atitudes e normas que perpetuam discriminação e violência contra as mulheres. 
Os autores da letra inspiram-se em histórias de mulheres cujas batalhas para o acesso à educação, rendimentos, saúde e uma vida digna sem violência contaram, ao longo dos tempos, com o apoio da Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Género e Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres). Além dos contextos culturais, religiosos e múltiplas realidades, a canção traz consigo “uma mensagem de unidade e de solidariedade entre mulheres do mundo”, observa Michelle Bachelet, directora executiva da ONU Mulheres. A ONU Mulheres, instituição que fará o lançamento da canção, aproveita a ocasião para destacar a parceria existente entre esta entidade e o Governo, assim como organizações, quer governamentais, quer não governamentais que juntos buscaram soluções para tornar a igualdade de direitos entre mulheres e homens uma realidade no nosso país. Apesar dos ganhos, este organismo aponta desafios recorrentes como a persistência de altos índices de violência contra a mulher, acesso limitado a serviços de saúde e a sua vulnerabilidade frente a desastres naturais. Dados da Organização Mundial da Saúde de 2009 apontam que uma em cada cinco mulheres no mundo são ou foram vítimas de violência física e sexual por parceiro íntimo. Em Moçambique estima-se que 50 por cento de mulheres já sofreram alguma forma de violência física, sexual ou psicológica. De referir que “Uma Mulher” foi feita por 20 artistas de diferentes nacionalidades, entre os quais a maliense Rokia Traoré, a brasileira Bebel Gilberto, a etíope Meklit Hadero, a beninense Angelique Kidjo, a chinesa Jane Zhang e a indiana Anoushka Shankar. A música foi apresentada pela primeira vez em 2011, no lançamento da ONU Mulheres em Nova Iorque e pretende mobilizar pela igualdade de género e empoderamento das mulheres.

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