CTA cria centros de desenvolvimento de negócios

Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) vai criar três centros de desenvolvimento de negócios para resolver o problema da falta de informação que afecta os empresários nacionais e, deste modo, poderem tirar partido das oportunidades que existem.

Segundo Hipólito Hamela, membro da CTA, os empresários nacionais não têm aproveitado as oportunidades de negócios existentes no país criadas pelos grandes projectos que operam no país, sobretudo ao nível da indústria extractiva, devido à falta de informação. Assim, a CTA vai criar os centros de desenvolvimento de negócios nas três regiões do país, sendo um em Maputo, no Sul, outro na Beira (Centro), e último em Nampula, no Norte. Ainda não se sabe exactamente quando os mesmos serão criados, mas Hamela revelou que já há recursos financeiros para o efeitol. “A CTA vai criar três centros de negócios para informar as empresas nacionais sobre as necessidades das grandes empresas de modo a terem mais negócios. Por exemplo, o que as grandes empresas vão precisar a curto, médio e longo prazo para viabilizar as suas actividades, o que pode constituir negócios com as várias empresas”, explicou. A CTA defende que haja cada vez mais ligação entre os grandes projectos e as Pequenas e Médias Empresas (PME’s), o que poderá contribuir, ainda que indirectamente, para a criação de mais emprego para moçambicanos. Hamela disse que a forma de os moçambicanos participarem nos grandes projectos no sector de recursos minerais que se desenvolvem no país é através da prestação de serviços. “Este tipo de ligações pode criar mais emprego, mais benefícios para os moçambicanos como empresários, porque não temos capacidade tecnológica para investir directamente nesta indústria. Então podemos tirar dividendos prestando serviços as grandes empresas”, defendeu. Hamela falava hoje, em Maputo, durante o seminário de apresentação dos resultados do estudo sobre “os efeitos da explosão de recursos naturais no crescimento económico de Moçambique”. O referido estudo foi encomendado pela CTA e contou com o apoio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Económico e Empresarial (SPEED). O estudo, que foi debatido hoje publicamente, será igualmente apresentado ao Conselho Directivo da CTA que deverá formular a sua posição oficial sobre a matéria.

(AIM)

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